17.8.11

#directo do porto: café vitória

[O detalhe retro, e bem-humorado, de um tubarão na parede de uma das salas do Café Vitória; abaixo: outro detalhe sobre o balcão do bar (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

A rua José Falcão, na Baixa portuense, é uma caixinha de surpresas.

Não sei se quem é do Porto a sente da mesma forma, mas, no meu caso, sempre que vou ali não deixo de pensar que esta é uma rua muito sui generis, que só se revela a quem se der ao trabalho de a olhar muito para lá da superfície gasta e enganosamente monótona. 

Não sabendo bem ao que se vai, o mais certo é passar batido sem reparar na montra do estilista Luís Buchinho, sem espreitar o Café Lusitano ou sem dar pelo Armazém do Chá, só para citar os endereços óbvios.

[A primeira sala do Café Vitória (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Munido do número não dei logo pelo Café Vitória, mas, depois de alguma hesitação, lá acabei por achá-lo, umas portas abaixo do já citado Armazém do Chá, no trecho final da José Falcão.

[O jardim de Inverno (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Aberto em Dezembro de 2010, o Café Vitória andava-me debaixo de olho. Descobri-o numa dessas revistas providenciais que nos vêm parar às mãos em boa hora e fiquei desde logo curioso.

[Outra perspectiva do jardim de Inverno (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

No rés-do-chão funciona o café propriamente dito, dividido por duas salas e por um agradável jardim interior, nos fundos. O prédio é centenário, pelo que não estranhamos a decoração assumidamente retro, com linhas e mobiliário que nos remetem para as décadas de 1950, 1960. A paleta de cores, com rosas, verdes e azuis, sobretudo, tem tudo a ver também.

[Sobre o balcão do bar, o chá frio e as tartes salgadas e doces que fazem parte da carta (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Gostei logo de caras. Apesar de estar um dia lindo de Verão, acabei por me instalar numa espécie de jardim de Inverno, que fica entre as salas e o jardim dos fundos.

[O chá frio de jasmim com limão tornou-se um "clássico" da casa (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Ao final da tarde, dizem-me, é mais animado, com muita gente que chega já em clima de "hora feliz", animados pela ideia de tomar um copo e petiscar umas tapas.

[Pratos do dia a €6, uma das apostas do Café Vitória (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

À hora de almoço, o local é perfeito para uma refeição mais ou menos ligeira. Dou uma olhadela rápida pela ementa e descubro que os preços são em conta, com destaque para a secção de petiscos — ovos mexidos com farinheira, grelos ou espargos a €3,50, tosta de cogumelos de Paris a €3, mini prego de lombo com mostarda Dijon a €4, vinho a copo a €2 ou batidos de fruta a €2,30, entre outras coisas.

[O jardim interior, nos fundos (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Decido-me pelo prato do dia, a €6, no caso uma massa de tinta de choco com amêijoas e tomate, e por uma bebida que já se tornou um clássico da casa: chá frio de jasmim com limão, a €1,50.

[Outra perspectiva do jardim interior (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

No final da refeição, com café, pago pouco mais do que €8 e saio com vontade de regressar um outro dia para experimentar o restaurante, que funciona no piso de cima e só abre ao jantar (sempre com uma opção vegetariana, dizem-me também), e para sentir a sua vibe de bar, com rock indie e tecno minimal germânico.

[O restaurante, no piso superior, só abre ao jantar (foto de divulgação)]

Rua José Falcão, 152, Porto, tel. 220 135 538, de dom. a qui, entre as 12.00 e as 00.00; à sex. e sáb., entre as 12.00 e as 02.00; encerra à ter.

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